Caminho Novo

O Caminho Novo e a fundação da Vila de Nossa Senhora da Conceição de Paty do Alferes

O início da colonização dessa região foi no final do século XVII, com a abertura do Caminho Novo de Minas pelo bandeirante Garcia Rodrigues Paes, com a finalidade de estabelecer uma via de comunicação mais rápida e segura entre as regiões auríferas de Minas Gerais e a Corte Imperial na Província do Rio de Janeiro, para o escoamento do ouro. Ao longo do Caminho Novo, a Fazenda da Freguesia, atual Aldeia de Arcozelo, fundada pelo Alferes Francisco Tavares, em 1730, tornou-se um importante ponto de referência para os viajantes que cruzavam a Serra do Tinguá com destino ao interior do país em busca de riquezas minerais.

A história de Paty do Alferes se confunde com a de Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias Paes, o lendário “Caçador de Esmeraldas”, em 1700, ano em que foi aberto por ele o Caminho Novo para escoamento do ouro de Minas Gerais ao Rio de Janeiro.O Caminho Novo é o mais jovem da Estrada Real, surgiu para garantir mais segurança no escoamento das mercadorias, já que o Caminho Velho passou a estar mais sujeito a assaltos e roubo. Repleto de atrativos turísticos, ele guarda dezenas de vestígios da época mineradora, um verdadeiro convite para o viajante.

Elevação a Vila

Com o objetivo de povoar as terras em torno do Caminho Novo, a Coroa Portuguesa fez doação de Sesmarias e em 1739 foi criada a Freguesia de Paty do Alferes, que assim permaneceu por 81 anos até que em 1820, o Príncipe Regente D. João VI, através de um alvará real, referendou a criação da Vila de Nossa Senhora da Conceição de Serra Acima da Roça do Paty do Alferes.

 

No início do século XIX, Paty era o maior produtor de café do Vale do Paraíba, proporcionando muita riqueza à aristocracia rural fluminense e sendo a base de sustentação do Império. O trabalho de negros escravizados era a engrenagem principal que alimentava essa atividade altamente lucrativa.